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Meirelles recua e diz que vai manter em 0,5% projeção de alta do PIB de 2017

ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (6) em Hamburgo (Alemanha), onde participa da reunião do G20, que o governo vai manter em 0,5% a sua projeção oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

Imagem de arquivo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante evento em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino) Imagem de arquivo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante evento em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

“Nós continuamos com a previsão de crescimento. Vamos manter em 0,5% a estimativa de alta do PIB neste ano]”, afirmou ele a jornalistas na Alemanha. O áudio foi divulgado pelo Ministério da Fazenda. O mercado financeiro estima uma alta do PIB de 0,39% para este ano.

A informação diverge do que foi divulgado pelo próprio ministro na semana passada, em evento em São Paulo. Na ocasião, ele informou que a economia brasileira iria crescer menos que 0,5% em 2017 e que a estimativa oficial do governo para o resultado do PIB neste ano deveria ser revisada para baixo nas próximas semanas.

O ministro também disse, na Alemanha, que a previsão de crescimento do PIB no 4º trimestre ante o mesmo período do ano passado está entre 2% e 2,7%. “Agora pro final do ano, 2%. De 2% a 2,7%”.

A declaração do ministro da Fazenda acontece em meio a incertezas em torno da crise política envolvendo o governo de Michel Temer, que, segundo analistas, tende a impactar para baixo o crescimento da economia brasileira por seu reflexo no andamento das reformas no Congresso Nacional.

Também acontece poucos dias antes de o governo divulgar um o relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre deste ano, que tem de sair até o dia 22 de julho.

Impacto fiscal

Uma estimativa menor de crescimento da economia neste ano poderia implicar em uma revisão para baixo da estimativa de arrecadação para 2017 e, para cumprir a meta fiscal de um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida) de até R$ 139 bilhões, consequentemente o governo poderia ter de baixar a previsão de gastos.

Nesta semana, porém, o governo teve uma boa notícia no campo das contas públicas. O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (5) um projeto que determina que os precatórios depositados há mais de dois anos e não sacados pelos beneficiários sejam restituídos aos cofres públicos. Precatórios são dívidas do poder público resultantes de condenação judicial definitiva.

Com a aprovação da proposta, o governo federal espera reforçar os cofres da União com R$ 8,6 bilhões neste ano.

Inflação

Em Hamburgo, o ministro Meirelles também disse que a inflação está bem. “As expectativas estão convergindo para próximos de 3%. A trajetória é positiva, virtuosa. A inflação caindo, o juro caindo e econômica crescendo. Está bom”, afirmou ele.

Questionado se a economia descolou do cenário político, repleto de incertezas, ele avaliou que ela sempre reagiu à política econômica.

“Se você ver historicamente, a economia sempre reage à política econômica. Na medida em que existe uma confiança de que a atual política econômica deverá persistir, ser mantida, isso dá muita confiança. Não se espera reversão de política econômica”, afirmou.

(G1 – 06/07/2017)

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