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Bovespa fecha em queda, com cautela diante do cenário político

O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira (8), com investidores adotando cautela no terceiro dia do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vai decidir sobre o futuro do presidente Michel Temer à frente do país, destaca a Reuters.

O Ibovespa caiu 0,66%, a 62.755 pontos. Veja a cotação. Na semana e no mês, o índice acumula alta de 0,39% e 0,07%, respectivamente. No ano, há avanço de 4,2%.

A política permanece no centro das atenções, com a pressão sobre Temer vindo também de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa, depois de gravação de conversa entre o presidente e um dos sócios da JBS.

Além da crise atingindo o Planalto, ainda segundo a Reuters, investidores seguem monitorando o andamento das reformas no Congresso Nacional. De maneira geral, a expectativa é que elas continuem avançando, ainda que de forma mais lenta do que o esperado anteriormente, mas a falta de clareza ajuda a manter o tom de cautela.

“Diante de tanta incerteza, de toda essa questão política, fazer aposta forte em bolsa agora é difícil… O mercado fica operando no day trade e esperando uma definição”, disse à agência o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

Copel tem forte queda

A ação da Copel fechou em queda de 7,69%, após cair 11,28 por cento no pior momento do dia, depois que a estatal paranaense de energia disse que avalia uma eventual oferta subsequente de ações. Segundo operadores, há preocupação relativa ao formato da oferta, ainda não detalhado pela empresa, mas que poderia levar a uma diluição dos acionistas.

Operadores também destacam que o governo do Paraná travou uma disputa que levou à troca do diretor financeiro da Copel para elevar os dividendos pagos pela empresa ao estado, o que faz com que uma proposta de capitalização neste momento seja vista com desconfiança e como possível ingerência na empresa, segundo a Reuters.

Outros destaques

A ação da JBS cedeu 2,86%. Os papéis da empresa têm mostrado forte volatilidade desde a delação de seus executivos. Nesta sessão, pesava ainda o receio de novas multas serem aplicadas à empresa após o governo editar medida provisória que endurece a fiscalização e as sanções que poderão ser adotadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em caso de fraudes e irregularidades.

As ações preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco, com peso importante na composição do índice, caíram 1,04% e 1,51%, respectivamente, revertendo os ganhos da véspera.

Já a Petrobras caiu 0,23% nas ações preferenciais e subiu 0,15% nas ordinárias. O tom negativo vinha na esteira da fraqueza dos preços do petróleo no mercado internacional, segundo a Reuters, mas com efeito limitado pelo noticiário positivo para a petroleira, após decisão da Justiça de manter o aval à venda de 90% da participação estatal na Nova Transportadora do Sudeste (NTS) ao consórcio liderado pelo grupo canadense Brookfield, por US$ 5,19 bilhões.

A Vale subiu 2,08% nas preferenciais e 2,16% nas ordinárias, ganhando impulso de dados da balança comercial chinesa, principal mercado da mineradora. Os números mostraram exportações e importações mais fortes do que a expectativa em maio, a despeito da queda de preço das commodities, sugerindo que a economia chinesa está resistindo melhor que o esperado.

(G1 – 08/06/2017)

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