A atividade industrial paulista registrou cresceu 0,8% em fevereiro na comparação com janeiro, sem influências sazonais, divulgaram a Federação e o Centro da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) nesta terça-feira (31). No acumulado de 12 meses, a indústria recuou 5,9%. Apesar de positivo, o resultado ainda não sinaliza uma retomada da produção, segundo a entidade. Para a entidade, esse aumento tanto em janeiro quanto em fevereiro é reflexo da forte queda da atividade registrada em novembro e dezembro. O resultado do Indicador de Nível de Atividade (INA) de janeiro, de 2,9%, foi revisado para para forte alta de 5,4%, com ajuste sazonal. Contudo, a Fiesp e o Ciesp projetam uma queda de 5% da atividade industrial de São Paulo para 2015.
Setores
A indústria de celulose, papel e produtos de papel se destacou entre as maiores altas, com ganhos de 4,7% em fevereiro ante janeiro, na leitura com ajuste sazonal. A maior parte da produção do setor é direcionada para exportação, beneficiada pela desvalorização do real frente ao dólar. O setor de máquinas e equipamentos também subiu em fevereiro, a 2,2% com relação ao mês anterior. Já o segmento de metalúrgica básica registrou caiu 1,3% na comparação mensal. O aumento dos custos com energia e combustível tem influenciado negativamente o desempenho dessa indústria.
Percepção
A percepção geral dos empresários diante do cenário econômico, medida pelo Sensor Fiesp, se manteve estável em março, a 48,8 pontos contra 47,9 pontos em fevereiro. O componente Mercado também ficou estável, de 48,6 em fevereiro para 46,9 pontos no mês corrente. Enquanto o item Vendas subiu de 49,4 pontos no mês passado para 53,5 pontos em março.
A variável Estoque aumentou para 46,4 pontos em março ante 42,4 pontos no mês anterior. E a percepção quanto ao Emprego caiu para 44 pontos contra 46,1 pontos em fevereiro. De acordo com o levantamento, a percepção quanto ao componente Investimento ficou estável a 53,4 pontos contra 52,9 pontos em fevereiro. Com exceção da variável Estoque, resultados em torno dos 50 pontos indicam estabilidade. Acima disso há otimismo e abaixo, pessimismo.
(G1 – 31/03/2015)